segunda-feira, 21 de junho de 2010

Teimosia

O que escrevo é um manifesto
Sem causa ou motivação exata
É a insistência de uma ideia turva
Um desvio, uma curva
Uma teimosa satisfação ingrata
São versos que encontram em mim
Uma rota de fuga improvisada
Um caminho alternativo a seguir
Na falta de pessoa mais indicada
Nem tudo que escrevo se torna livre
Digno de leitura coletiva
Alguns versos ganham o esquecimento
Outros voltam ao ponto de partida
Nem tudo que escrevo é poema
Muitas vezes fujo do tema
O inverso de onde aponta a seta
Nem tudo que escrevo é poesia
Muitas vezes é pura teimosia
Assim como teimo em ser poeta

Um comentário:

Anônimo disse...

Salve, Cliver!
Quem sabe ler poesia vê que teu ritmo e tua rima estão impecáveis.
Meus parabéns!

Um abraço.