sexta-feira, 18 de junho de 2010

Enquanto Espero

Quando criança
Temia cada palavra
Escondia meu rosto
Zelava o Cristo na parede
Aquele canto me aguarda
Calo meu canto
Sua presença quase santa
O crepúsculo de um olhar
Que padece à tua vontade
Tranque todas as portas
Mas permita que o vento
Entre pela janela
Agora conheço a maldade
E reconheço suas mãos
Enquanto espero outros dias...
Quando criança
Usei minha inocência
Como uma frágil pá
Tentando cavar a bondade
No fundo do coração dos homens
E não posso dizer
Que só encontrei tristezas
Nem que apenas achei alegrias
Pois todos eram homens
E todos tinham seu próprio coração

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