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Toda vez que o tempo fecha aqui dentro
Eu me concedo um momento pra respirar
Pode ser que o barco vire com o vento
Pode ser que ele me leve pra outro lugar
Não pretendo me colocar
Num papel secundário
Em planos que ficam para depois
Decidi me priorizar
E até que eu pense o contrário
Há de ser assim
Sem regras e sem promessas
Um ato irrevogável em mim
Até que eu mude de ideia
Eu escolhi as cores e o lugar exato
Pra redesenhar meu autorretrato
E em cada traço eu me reconheço
E sempre que desejo eu me refaço
"De todos os eus que conheço o único que realmente confio é aquele que eventualmente invento."
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Anatomia de um Pensamento
Versos quase novos
Palavras repetidas
Onde me levarão?
Abraço em silêncio
A anatomia de um pensamento
Onde me levarão?
Às vezes, quase sem pensar
Me dou ao prazer de te imaginar comigo
E te encontro em minhas mãos
Delírios quase mortos
Imagens em um quarto escuro
Um filme de ficção
Às vezes, quase sem pensar
Me dou ao prazer de te imaginar comigo
Quase um sonho bom que me atinge
Como um disparo
Ainda há em mim um pouco de você
Que insiste em ser eterno
Um mal que ainda venero
O inferno que eu guardei dentro de um pensamento
O inferno que eu te dei como um presente raro
Palavras repetidas
Onde me levarão?
Abraço em silêncio
A anatomia de um pensamento
Onde me levarão?
Às vezes, quase sem pensar
Me dou ao prazer de te imaginar comigo
E te encontro em minhas mãos
Delírios quase mortos
Imagens em um quarto escuro
Um filme de ficção
Às vezes, quase sem pensar
Me dou ao prazer de te imaginar comigo
Quase um sonho bom que me atinge
Como um disparo
Ainda há em mim um pouco de você
Que insiste em ser eterno
Um mal que ainda venero
O inferno que eu guardei dentro de um pensamento
O inferno que eu te dei como um presente raro
Princípio Ativo
Descompasso,
Descontrole, dissonância
Um aviso diz
Algo que não me diz nada
Uma intervenção,
Uma força percutiva
Que move minha vida
Você mexe
Com meu ritmo cardíaco
Um sorriso cínico,
Uma nova tatuagem
Que você deixou em mim
Sem minha permissão
Você não tem noção do estado que me deixa
Você não sabe o efeito dos beijos que você não dá
Minha tara é ter você em doses excessivas
Meu princípio ativo, minha cura é ter você
Descontrole, dissonância
Um aviso diz
Algo que não me diz nada
Uma intervenção,
Uma força percutiva
Que move minha vida
Você mexe
Com meu ritmo cardíaco
Um sorriso cínico,
Uma nova tatuagem
Que você deixou em mim
Sem minha permissão
Você não tem noção do estado que me deixa
Você não sabe o efeito dos beijos que você não dá
Minha tara é ter você em doses excessivas
Meu princípio ativo, minha cura é ter você
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Natimorto
Com o choro de minha cria
Acordo breve, sobressaltado
Estás comigo, quem diria
Apesar da mãe tê-lo negado
Em meu colo, filho querido
Te acolho com cuidado
Saiba que estás protegido
De qualquer mal imaginado
Não houve dor no parto
Nenhum gemido se deu
Esse dia sequer aconteceu
Estou sozinho no quarto
A criança que chora sou eu
Pois meu filho nunca nasceu
Acordo breve, sobressaltado
Estás comigo, quem diria
Apesar da mãe tê-lo negado
Em meu colo, filho querido
Te acolho com cuidado
Saiba que estás protegido
De qualquer mal imaginado
Não houve dor no parto
Nenhum gemido se deu
Esse dia sequer aconteceu
Estou sozinho no quarto
A criança que chora sou eu
Pois meu filho nunca nasceu
Soneto de Paz
Esse coração que outrora fechado
Dominado, invadido sem nem perceber
Batalha de sonhos a um ser desarmado
E a paz a teu lado por ti receber
Por um momento duelo, desejo alcançado
Venceu esta guerra cujo eu não perdi
E se em uma canção por você sou lembrado
Até no silêncio em penso em ti
O que sinto eis aqui dito
Por mãos que nada dizem
Mas se tocam e procuram
E a resposta do que escrevo
Estão em lábios que não falam
Mas se beijam e sussurram
Dominado, invadido sem nem perceber
Batalha de sonhos a um ser desarmado
E a paz a teu lado por ti receber
Por um momento duelo, desejo alcançado
Venceu esta guerra cujo eu não perdi
E se em uma canção por você sou lembrado
Até no silêncio em penso em ti
O que sinto eis aqui dito
Por mãos que nada dizem
Mas se tocam e procuram
E a resposta do que escrevo
Estão em lábios que não falam
Mas se beijam e sussurram
Teimosia
O que escrevo é um manifesto
Sem causa ou motivação exata
É a insistência de uma ideia turva
Um desvio, uma curva
Uma teimosa satisfação ingrata
São versos que encontram em mim
Uma rota de fuga improvisada
Um caminho alternativo a seguir
Na falta de pessoa mais indicada
Nem tudo que escrevo se torna livre
Digno de leitura coletiva
Alguns versos ganham o esquecimento
Outros voltam ao ponto de partida
Nem tudo que escrevo é poema
Muitas vezes fujo do tema
O inverso de onde aponta a seta
Nem tudo que escrevo é poesia
Muitas vezes é pura teimosia
Assim como teimo em ser poeta
Sem causa ou motivação exata
É a insistência de uma ideia turva
Um desvio, uma curva
Uma teimosa satisfação ingrata
São versos que encontram em mim
Uma rota de fuga improvisada
Um caminho alternativo a seguir
Na falta de pessoa mais indicada
Nem tudo que escrevo se torna livre
Digno de leitura coletiva
Alguns versos ganham o esquecimento
Outros voltam ao ponto de partida
Nem tudo que escrevo é poema
Muitas vezes fujo do tema
O inverso de onde aponta a seta
Nem tudo que escrevo é poesia
Muitas vezes é pura teimosia
Assim como teimo em ser poeta
Persephone
Alguém por favor cale o que sinto
Meu coração quer se proclamar senhor de si mesmo
Todo afeto é rude
Todo amor é agressão
Seus lábios são incertos (insípidos)
Seu toque não teme a súplica (incerto)
Fecho os olhos e desperto então
A solidão se justifica por si só
Me explica o que faz tanta gente ao meu redor
Tanta farsa
Sua moralidade é fria e limitada
De onde vem sua força?
Sei que em seu jogo não existem normas
Faça o que quiser, só não faça comigo
Não me vire o rosto quando falo de você
Finge estar tão longe, mas eu não ligo
Existem outras formas de me manter por perto
Seus hábitos são lúcidos (ilícitos)
Desertos pela culpa
Fecho os olhos e desperto então
Meu coração quer se proclamar senhor de si mesmo
Todo afeto é rude
Todo amor é agressão
Seus lábios são incertos (insípidos)
Seu toque não teme a súplica (incerto)
Fecho os olhos e desperto então
A solidão se justifica por si só
Me explica o que faz tanta gente ao meu redor
Tanta farsa
Sua moralidade é fria e limitada
De onde vem sua força?
Sei que em seu jogo não existem normas
Faça o que quiser, só não faça comigo
Não me vire o rosto quando falo de você
Finge estar tão longe, mas eu não ligo
Existem outras formas de me manter por perto
Seus hábitos são lúcidos (ilícitos)
Desertos pela culpa
Fecho os olhos e desperto então
Todas as Coisas que não me Convencem
Estou com sérios problemas
Mas ninguém se importa com isso
Estou pensando em me jogar pela janela
Mas ninguém se importa com isso não
Preciso tanto de você quanto coisa alguma
Precisa de qualquer coisa
Não tente entender...
Apenas deixe que eu me envolva
No fim tudo acaba como as coisas devem ser
Apenas devolva
O início dessa história
Estou com sérios problemas
Mas quem se importa com isso?
Notícias falam em outras guerras
Mas quem se importa com isso?
Acho que é melhor assim como as coisas estão
Se não for
Deixe tudo como está
Coisas que imitam sonhos em formas físicas
Não me convencem
Coisas que somam outras dívidas
Não me convencem
Estou com sérios problemas
Mas eu nem me importo
Eu te amo
E isso nem é grande coisa
Mas ninguém se importa com isso
Estou pensando em me jogar pela janela
Mas ninguém se importa com isso não
Preciso tanto de você quanto coisa alguma
Precisa de qualquer coisa
Não tente entender...
Apenas deixe que eu me envolva
No fim tudo acaba como as coisas devem ser
Apenas devolva
O início dessa história
Estou com sérios problemas
Mas quem se importa com isso?
Notícias falam em outras guerras
Mas quem se importa com isso?
Acho que é melhor assim como as coisas estão
Se não for
Deixe tudo como está
Coisas que imitam sonhos em formas físicas
Não me convencem
Coisas que somam outras dívidas
Não me convencem
Estou com sérios problemas
Mas eu nem me importo
Eu te amo
E isso nem é grande coisa
domingo, 20 de junho de 2010
Flores de Dial
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Ansiosa febre noturna
Fortes movimentos rápidos
Corpos que queimam em espasmos góticos
Ansiosa febre noturna
Vultos em seus olhos claros
Luzes que anunciam seu próximo ato
Cenários que sugerem outros planos
Portas que se fecham cedo...
Ansiosa flor da noite
Que abre suas pétalas a qualquer lance
Qualquer prazer ao alcance seja aceito
Cenários que sugerem outros planos
Portas que se fecham cedo
Um último desejo que concedo
À sua prece sórdida
Inválida freqüência mórbida
Insólita presença erótica
Flores que germinam ao som do dial
Flores ao som do dial
Flor de dial
Ansiosa febre noturna
Fortes movimentos rápidos
Corpos que queimam em espasmos góticos
Ansiosa febre noturna
Vultos em seus olhos claros
Luzes que anunciam seu próximo ato
Cenários que sugerem outros planos
Portas que se fecham cedo...
Ansiosa flor da noite
Que abre suas pétalas a qualquer lance
Qualquer prazer ao alcance seja aceito
Cenários que sugerem outros planos
Portas que se fecham cedo
Um último desejo que concedo
À sua prece sórdida
Inválida freqüência mórbida
Insólita presença erótica
Flores que germinam ao som do dial
Flores ao som do dial
Flor de dial
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Imperfeita
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Repare bem
Veja como o dia está tão bonito
Ponha seu vestido favorito e vem
Nem de longe lembra a tarde fria
Que você se foi
Desejando boa noite
Eu releio nossa história
Como quem reescreve um livro
Só pra ver se eu me livro
Dessa história de dar um tempo
Não vem dizer que há
Motivos pra jogar
Tudo fora
Me receba, me aceita
Você é minha santa imperfeita e só você
Tem a receita
Pra separar o indivisível
Ou pra derrotar o monstro
De uma perda irreparável
Eu revejo nossa história
Como quem reinventa um filme
Repare bem
Veja como o dia está tão bonito
Ponha seu vestido favorito e vem
Nem de longe lembra a tarde fria
Que você se foi
Desejando boa noite
Eu releio nossa história
Como quem reescreve um livro
Só pra ver se eu me livro
Dessa história de dar um tempo
Não vem dizer que há
Motivos pra jogar
Tudo fora
Me receba, me aceita
Você é minha santa imperfeita e só você
Tem a receita
Pra separar o indivisível
Ou pra derrotar o monstro
De uma perda irreparável
Eu revejo nossa história
Como quem reinventa um filme
A Falta
Às vezes, tenho a impressão
Que não faço falta a ninguém
Sem mim, as coisas seguem seu rumo
E por que deveria ser diferente?
O Comércio não fechará as portas
O trânsito não será interditado
A novela não mudará de horário
Nem os tolos tomarão juízo
Alguns perguntarão por mim
Outros responderão sem ter certeza
Muitos nem saberão de quem estão falando
E as coisas seguirão seu rumo
A festa não será adiada
A canção não será interrompida
O navio não mudará sua rota
Nem o ouro perderá seu brilho
Sem mim, o mundo permanecerá igual
Seria fácil abrir mão de tudo
Mas não posso fugir de mim mesmo
Pois, se eu me perder
Tenho a impressão que sentirei
Muita saudade
Que não faço falta a ninguém
Sem mim, as coisas seguem seu rumo
E por que deveria ser diferente?
O Comércio não fechará as portas
O trânsito não será interditado
A novela não mudará de horário
Nem os tolos tomarão juízo
Alguns perguntarão por mim
Outros responderão sem ter certeza
Muitos nem saberão de quem estão falando
E as coisas seguirão seu rumo
A festa não será adiada
A canção não será interrompida
O navio não mudará sua rota
Nem o ouro perderá seu brilho
Sem mim, o mundo permanecerá igual
Seria fácil abrir mão de tudo
Mas não posso fugir de mim mesmo
Pois, se eu me perder
Tenho a impressão que sentirei
Muita saudade
Um dia Melhor
Hoje não quero estar triste
Quero estar livre
Livre de tudo
Que me deixa pra baixo
Contas atrasadas
Carro na oficina
Gente Rude
Quero fugir da rotina
Me desprender do óbvio
Correr riscos
Apostar em dobro
Racional por vocação
Louco por opção
Rir de tudo no final
Como se isso fosse solução
Mas quem conhece a verdade
Sabe que libertação
Nada tem a ver com felicidade
Só é livre de verdade
Quem se permite viver
Tudo que o coração decide sentir
O que hoje é tristeza
Dará espaço a novas experiências
Não se pode saber o que virá
Mas sou livre para acreditar
Que amanhã pode ser melhor
Quero estar livre
Livre de tudo
Que me deixa pra baixo
Contas atrasadas
Carro na oficina
Gente Rude
Quero fugir da rotina
Me desprender do óbvio
Correr riscos
Apostar em dobro
Racional por vocação
Louco por opção
Rir de tudo no final
Como se isso fosse solução
Mas quem conhece a verdade
Sabe que libertação
Nada tem a ver com felicidade
Só é livre de verdade
Quem se permite viver
Tudo que o coração decide sentir
O que hoje é tristeza
Dará espaço a novas experiências
Não se pode saber o que virá
Mas sou livre para acreditar
Que amanhã pode ser melhor
Ave de Rapina
Uma ideologia falsa
Uma droga para ludibriar
Um povo magoado
Uma razão para lutar
Antigamente
Dois pães alimentaram uma grande multidão
Hoje em dia
Tanta gente morre sem um pedaço de pão
Tanto frio, tanta AR-15
E nem um cobertor para me aquecer
"Deitado eternamente em berço esplêndido"
Pois o camburão não veio o corpo recolher
Autoridades se embreagam na beira da piscina
Nova moeda, nova favela, nova chacina
Psicose, psicologia, psicotrópico
Nada convém este fenômeno
Pairar sobre o risco da heroína
Afinal, ave de rapina
Ainda é meu pseudônimo
Só queremos condiçaõ de vida
Um prato de comida
Trabalho honesto e nada mais
Em épocas de paz, implorávamos por conquistas
Hoje, nada conquistamos
E imploramos pela paz
Uma droga para ludibriar
Um povo magoado
Uma razão para lutar
Antigamente
Dois pães alimentaram uma grande multidão
Hoje em dia
Tanta gente morre sem um pedaço de pão
Tanto frio, tanta AR-15
E nem um cobertor para me aquecer
"Deitado eternamente em berço esplêndido"
Pois o camburão não veio o corpo recolher
Autoridades se embreagam na beira da piscina
Nova moeda, nova favela, nova chacina
Psicose, psicologia, psicotrópico
Nada convém este fenômeno
Pairar sobre o risco da heroína
Afinal, ave de rapina
Ainda é meu pseudônimo
Só queremos condiçaõ de vida
Um prato de comida
Trabalho honesto e nada mais
Em épocas de paz, implorávamos por conquistas
Hoje, nada conquistamos
E imploramos pela paz
Carta ao Contentamento
Já não recordo do antes
Apenas espero o que vier depois
Já não respondo àquelas cartas
Elas nem sequer chegam mais
Agora percebo seu feitiço
Ainda sinto toda agitação
Ainda ensaio meu débil sorriso
Ainda me asseguro em minhas dúvidas
Sei no que está pensando:
“Será possível medir a dor?”
Nenhuma dor é igual
Nenhuma dor é a mesma que outra
Queria estar mais atento a doce melodia de Dolores
Mas me alento em silêncio nos segredos das Valkírias
Agora, acordo em vossa súplica
E acalento... Esbravejo...
E me entrego sem forças ao seu pensamento
Mas não questione meu contentamento
Pois se minhas lágrimas sacramentassem o batismo
Certamente esta página teria seu nome
Apenas espero o que vier depois
Já não respondo àquelas cartas
Elas nem sequer chegam mais
Agora percebo seu feitiço
Ainda sinto toda agitação
Ainda ensaio meu débil sorriso
Ainda me asseguro em minhas dúvidas
Sei no que está pensando:
“Será possível medir a dor?”
Nenhuma dor é igual
Nenhuma dor é a mesma que outra
Queria estar mais atento a doce melodia de Dolores
Mas me alento em silêncio nos segredos das Valkírias
Agora, acordo em vossa súplica
E acalento... Esbravejo...
E me entrego sem forças ao seu pensamento
Mas não questione meu contentamento
Pois se minhas lágrimas sacramentassem o batismo
Certamente esta página teria seu nome
Enquanto Espero
Quando criança
Temia cada palavra
Escondia meu rosto
Zelava o Cristo na parede
Aquele canto me aguarda
Calo meu canto
Sua presença quase santa
O crepúsculo de um olhar
Que padece à tua vontade
Tranque todas as portas
Mas permita que o vento
Entre pela janela
Agora conheço a maldade
E reconheço suas mãos
Enquanto espero outros dias...
Quando criança
Usei minha inocência
Como uma frágil pá
Tentando cavar a bondade
No fundo do coração dos homens
E não posso dizer
Que só encontrei tristezas
Nem que apenas achei alegrias
Pois todos eram homens
E todos tinham seu próprio coração
Temia cada palavra
Escondia meu rosto
Zelava o Cristo na parede
Aquele canto me aguarda
Calo meu canto
Sua presença quase santa
O crepúsculo de um olhar
Que padece à tua vontade
Tranque todas as portas
Mas permita que o vento
Entre pela janela
Agora conheço a maldade
E reconheço suas mãos
Enquanto espero outros dias...
Quando criança
Usei minha inocência
Como uma frágil pá
Tentando cavar a bondade
No fundo do coração dos homens
E não posso dizer
Que só encontrei tristezas
Nem que apenas achei alegrias
Pois todos eram homens
E todos tinham seu próprio coração
Esta Vazia Estação
Sinto uma leve brisa
Tão fria e cortante
Quanto sua negação
Mas não é o frio que incomoda
É todo calor oculto
Desta vazia estação
Cheia de saudades
De uma época reprovada
Isolado...
De que lado estamos afinal?
Talvez o lado contrário
O oposto desta tristeza
Se notar, até mesmo minha gentileza
É um mero ato involuntário
O que me atrai é esta incógnita
De distâncias mútuas que aproxima
Me ensina a dividir meus momentos
E toma meus sentimentos
Como tua verdade mais quista
Pois de minhas poucas experiências
As melhores são conseqüências
De um fútil prazer egoísta
Sou eu...
Eu, o inverno e o sol que nos esquece
Agora sei
Que não são os bons que morrem jovens
Na verdade
É a maldade que nos envelhesse
Tão fria e cortante
Quanto sua negação
Mas não é o frio que incomoda
É todo calor oculto
Desta vazia estação
Cheia de saudades
De uma época reprovada
Isolado...
De que lado estamos afinal?
Talvez o lado contrário
O oposto desta tristeza
Se notar, até mesmo minha gentileza
É um mero ato involuntário
O que me atrai é esta incógnita
De distâncias mútuas que aproxima
Me ensina a dividir meus momentos
E toma meus sentimentos
Como tua verdade mais quista
Pois de minhas poucas experiências
As melhores são conseqüências
De um fútil prazer egoísta
Sou eu...
Eu, o inverno e o sol que nos esquece
Agora sei
Que não são os bons que morrem jovens
Na verdade
É a maldade que nos envelhesse
Desengano
Assim te imagino
Como um anjo, uma aparição
Uma fada que flutua suave
Sobre meu corpo
Um encantador delírio febril
Que invade minha lúcida rotina
E com cirúrgica precisão
Atinge meu coração com a ternura
De um sorriso amável,
Indescritível, indecifrável
E com a sutileza de um sonho bom
O toque anestésico de suas mãos
Me desvenda, me desvia
Me guia em sua direção
Doce e formosa anatomia
Pulsos que disparam
Em íntima sintonia
Corro meus dedos em seu cabelo
E te recebo em mim
Com lábios que declamam
Versos de carinho e apelo
Assim te imagino
Uma ciência, um feitiço
Uma intensa inspiração de vida
Quando tudo em mim
Parece morrer desenganado
Como um anjo, uma aparição
Uma fada que flutua suave
Sobre meu corpo
Um encantador delírio febril
Que invade minha lúcida rotina
E com cirúrgica precisão
Atinge meu coração com a ternura
De um sorriso amável,
Indescritível, indecifrável
E com a sutileza de um sonho bom
O toque anestésico de suas mãos
Me desvenda, me desvia
Me guia em sua direção
Doce e formosa anatomia
Pulsos que disparam
Em íntima sintonia
Corro meus dedos em seu cabelo
E te recebo em mim
Com lábios que declamam
Versos de carinho e apelo
Assim te imagino
Uma ciência, um feitiço
Uma intensa inspiração de vida
Quando tudo em mim
Parece morrer desenganado
Solidão
A sufocante imensidão me deprime
Por isso me tranco em mim
Meu abrigo seguro, meu campo minado
E fecho a porta ruidosa
Lá fora um deserto
Repleto de gente feliz
Aqui dentro, o medo
A bela flor de pétalas farpadas
A penetrante solidão me invade, me domina
Dedos que me exploram
Como serpentes atrevidas
A este reino vazio me entrego
Respiro profundo
E ensaio um sorriso que não convence
Ninguém deseja chegar onde estou
Por isso a porta não range
Por isso me tranco em mim
Meu abrigo seguro, meu campo minado
E fecho a porta ruidosa
Lá fora um deserto
Repleto de gente feliz
Aqui dentro, o medo
A bela flor de pétalas farpadas
A penetrante solidão me invade, me domina
Dedos que me exploram
Como serpentes atrevidas
A este reino vazio me entrego
Respiro profundo
E ensaio um sorriso que não convence
Ninguém deseja chegar onde estou
Por isso a porta não range
terça-feira, 15 de junho de 2010
Império
Não sou tão divertido quanto você pensa
Você quem se encanta facilmente por tudo que faço
Mesmo quando não há graça no que digo
Você estava sempre disposta a sorrir
E, desta maneira,
Me fez crer no quão especial sou
Mas não era nada disso
Não sou o amante perfeito que você fantasia
Eu apenas seguia seus movimentos
Como o dançarino amador atento aos passos da parceira
E num instintivo compasso rítmico
Me fez acreditar que era eu
O autor da música que nos conduzia
Mas não era nada disso
Não sou a fortaleza que você deseja
Era você quem se colocava frágil em meus braços
Meiga, manhosa... Implorando proteção
E, envolvida em meu abraço,
Eu tentava em vão te convencer
Que tudo estava bem
Que seus temores eram meras tolices
Mas não era nada disso
Tolo fui eu
Cego, surdo e displicente fui eu
Quando acreditei que sem você
O mundo me seria o bastante
Mas a verdade é que não me basto nem a mim mesmo
Pois o melhor que há em mim sempre esteve em você
E sem você
O mundo inteiro é um vasto império obsoleto
Você quem se encanta facilmente por tudo que faço
Mesmo quando não há graça no que digo
Você estava sempre disposta a sorrir
E, desta maneira,
Me fez crer no quão especial sou
Mas não era nada disso
Não sou o amante perfeito que você fantasia
Eu apenas seguia seus movimentos
Como o dançarino amador atento aos passos da parceira
E num instintivo compasso rítmico
Me fez acreditar que era eu
O autor da música que nos conduzia
Mas não era nada disso
Não sou a fortaleza que você deseja
Era você quem se colocava frágil em meus braços
Meiga, manhosa... Implorando proteção
E, envolvida em meu abraço,
Eu tentava em vão te convencer
Que tudo estava bem
Que seus temores eram meras tolices
Mas não era nada disso
Tolo fui eu
Cego, surdo e displicente fui eu
Quando acreditei que sem você
O mundo me seria o bastante
Mas a verdade é que não me basto nem a mim mesmo
Pois o melhor que há em mim sempre esteve em você
E sem você
O mundo inteiro é um vasto império obsoleto
Memóri@
Não sei bem onde estou
Na verdade, eu até sei
Só não quero admitir que estou aqui
Aqui tão longe
Prefiro me perder em meus pensamentos
(Fértil território imaginário)
Onde janelas virtuais nos aproximam
Onde, finalmente juntos,
Posso te sentir, te ouvir,
Posso ser seu além dos limites
Destas meras palavras que te escrevo
Porém, o mundo real nos afasta
Nos desconecta
Então, me contento com o pouco que alcanço
O sorriso imortalizado em suas fotos
O olhar triste e sem cor
A flor que te acaricia
Guardo você na memória
Infinitamente distante:
Dentro de mim
Finjo ser feliz deste jeito
E, às vezes,
Até me convenço disto
Na verdade, eu até sei
Só não quero admitir que estou aqui
Aqui tão longe
Prefiro me perder em meus pensamentos
(Fértil território imaginário)
Onde janelas virtuais nos aproximam
Onde, finalmente juntos,
Posso te sentir, te ouvir,
Posso ser seu além dos limites
Destas meras palavras que te escrevo
Porém, o mundo real nos afasta
Nos desconecta
Então, me contento com o pouco que alcanço
O sorriso imortalizado em suas fotos
O olhar triste e sem cor
A flor que te acaricia
Guardo você na memória
Infinitamente distante:
Dentro de mim
Finjo ser feliz deste jeito
E, às vezes,
Até me convenço disto
Resquícios
Abracei um novo hábito
Eu coleciono vestígios de você
Cada gesto
Cada palavra
Cada detalhe seu
Devidamente catalogado
Sua dança, sua imagem
Seu sorriso acanhado
Seu olhar tímido, atrevido
Sua voz em meu ouvido
Seu desejo revelado
Momentos, movimentos
Múltiplos fragmentos
Um mosaico de sonhos
Que povoa meus pensamentos
E é destes resquícios
Que a faço minha como quero
Volto ao início
Me entrego verdadeiro
Me reconstruo mais sincero
E me completo por inteiro
Eu coleciono vestígios de você
Cada gesto
Cada palavra
Cada detalhe seu
Devidamente catalogado
Sua dança, sua imagem
Seu sorriso acanhado
Seu olhar tímido, atrevido
Sua voz em meu ouvido
Seu desejo revelado
Momentos, movimentos
Múltiplos fragmentos
Um mosaico de sonhos
Que povoa meus pensamentos
E é destes resquícios
Que a faço minha como quero
Volto ao início
Me entrego verdadeiro
Me reconstruo mais sincero
E me completo por inteiro
( )
Estou aprendendo a me reconciliar comigo mesmo
Estou aprendendo a aceitar este meu eu errôneo
Este meu eu muitas vezes inaceitável
Inaceitável, porém meu
...porém eu
Admito não conhecer os outros tanto quanto imagino
Imagino conhecer os outros por uma questão de segurança
Me sinto melhor assim...
Mas sentir-se bem é sempre um grande risco
E isso definitivamente não me surpreende
Estou aprendendo a me reconciliar comigo mesmo
A aceitar este meu lado humano
A entender que este lado humano sou eu
Este meu eu errôneo e inaceitável
Que amparo com a precisa imperfeição que me é peculiar
O que há em mim que lhe agrada?
Em meus defeitos ofereço a semelhança que lhe conforta
E na consciência de minha culpa é que assumo:
O que há de melhor em mim está guardado no meu eu que recuso
...porém meu.
Estou aprendendo a aceitar este meu eu errôneo
Este meu eu muitas vezes inaceitável
Inaceitável, porém meu
...porém eu
Admito não conhecer os outros tanto quanto imagino
Imagino conhecer os outros por uma questão de segurança
Me sinto melhor assim...
Mas sentir-se bem é sempre um grande risco
E isso definitivamente não me surpreende
Estou aprendendo a me reconciliar comigo mesmo
A aceitar este meu lado humano
A entender que este lado humano sou eu
Este meu eu errôneo e inaceitável
Que amparo com a precisa imperfeição que me é peculiar
O que há em mim que lhe agrada?
Em meus defeitos ofereço a semelhança que lhe conforta
E na consciência de minha culpa é que assumo:
O que há de melhor em mim está guardado no meu eu que recuso
...porém meu.
Tempestivo (favor, rebobinar após o uso)
(?) Vivo você sem
Estranho parece...
Ter você é uma espécie de anestesia cronológica
O tempo se torna uma mera especulação do encanto
Sua presença em mim é um compromisso infinitivo
Somos dois ponteiros que se cruzam esporadicamente
Dentro de uma mesma órbita matemática
Com você... as horas ganham um novo ritmo
Sem você, tudo parece lento
Tudo inspira uma constante ânsia sem hora marcada
Sem você o tempo rasteja... paralisa.
Estaciona,
Estaciona,
Estaciona...
Às vezes, parece que sinto o tempo retroagir:
Estaciona,
Estaciona,
Estaciona...
Paralisa... rasteja tempo o você sem.
Marcada hora sem ânsia constante uma inspira tudo
Lento parece tudo, você sem
Ritmo novo um ganham horas as... você com
Matemática órbita mesma uma de dentro
Esporadicamente cruzam se que ponteiros dois somos
Infinitivo compromisso um é mim em presença sua
Encanto do especulação mera uma torna se tempo o
Cronológica anestesia de espécie uma é você ter
Parece estranho...
Sem você vivo (?)
Estranho parece...
Ter você é uma espécie de anestesia cronológica
O tempo se torna uma mera especulação do encanto
Sua presença em mim é um compromisso infinitivo
Somos dois ponteiros que se cruzam esporadicamente
Dentro de uma mesma órbita matemática
Com você... as horas ganham um novo ritmo
Sem você, tudo parece lento
Tudo inspira uma constante ânsia sem hora marcada
Sem você o tempo rasteja... paralisa.
Estaciona,
Estaciona,
Estaciona...
Às vezes, parece que sinto o tempo retroagir:
Estaciona,
Estaciona,
Estaciona...
Paralisa... rasteja tempo o você sem.
Marcada hora sem ânsia constante uma inspira tudo
Lento parece tudo, você sem
Ritmo novo um ganham horas as... você com
Matemática órbita mesma uma de dentro
Esporadicamente cruzam se que ponteiros dois somos
Infinitivo compromisso um é mim em presença sua
Encanto do especulação mera uma torna se tempo o
Cronológica anestesia de espécie uma é você ter
Parece estranho...
Sem você vivo (?)
Dizer Quase Sempre
Sempre procuro dizer tudo que sinto
Mas não todas as coisas...
O que sinto procuro como se fosse tudo
Sinto que busco coisas que digo sempre
Digo das coisas que busco o que sinto
Procuro as coisas que sinto como se fossem únicas
Todas as coisas que digo, sempre procuro
Mas não tudo o que sinto...
Um único sentido das coisas não diz o que quero
Quero dizer das coisas que busco
Como todas as coisas que sinto:
Que são minhas...
Que são únicas...
Que são indescritíveis...
Todas essas coisas são ditas quase sempre
Quase sempre que quero, eu as busco
Mas nem tudo o que procuro...
Certas vezes, simplesmente não encontro
O que quero...
O que sinto...
O que busco...
Tudo parece uma única coisa incerta
Então não sei o que dizer
Como certas vezes acontece quando quero
Sentir todas as coisas que procuro
Em meio a um único sentido das coisas que digo
Então eu sigo e me busco nas coisas que tenho
E revelo a mim mesmo o que quase sempre esqueço:
O que sinto... Sou.
Mas não todas as coisas...
O que sinto procuro como se fosse tudo
Sinto que busco coisas que digo sempre
Digo das coisas que busco o que sinto
Procuro as coisas que sinto como se fossem únicas
Todas as coisas que digo, sempre procuro
Mas não tudo o que sinto...
Um único sentido das coisas não diz o que quero
Quero dizer das coisas que busco
Como todas as coisas que sinto:
Que são minhas...
Que são únicas...
Que são indescritíveis...
Todas essas coisas são ditas quase sempre
Quase sempre que quero, eu as busco
Mas nem tudo o que procuro...
Certas vezes, simplesmente não encontro
O que quero...
O que sinto...
O que busco...
Tudo parece uma única coisa incerta
Então não sei o que dizer
Como certas vezes acontece quando quero
Sentir todas as coisas que procuro
Em meio a um único sentido das coisas que digo
Então eu sigo e me busco nas coisas que tenho
E revelo a mim mesmo o que quase sempre esqueço:
O que sinto... Sou.
A Seu Gosto
Eu queria preparar tudo pra nós dois
Queria que encontrasse tudo pronto em casa
Queria trocar a roupa de cama,
Varrer as folhas do quintal,
Dar banho nos cachorros,
Tirar o pó dos móveis,
Lavar a louça,
Deixar tudo a seu gosto
Mostrar como tudo funciona melhor
Quando há você por perto
Queria te encontrar no ponto de ônibus
Te buscar de carro para subirmos a Rua
Tudo seria perfeito:
Cheiro, gosto, som, luz, toque...
E quando fosses embora
Passaria os dias planejando tudo
Para que tudo fosse ainda melhor
Quando voltasse pra mim
Mas não te vi voltar...
E o pó e as folhas tomaram conta de tudo
Os cachorros se queixam do meu descaso
E nada mais funciona como antes...
Nem mesmo eu
Você não faz idéia do trabalho que dá não tê-la por perto.
Queria que encontrasse tudo pronto em casa
Queria trocar a roupa de cama,
Varrer as folhas do quintal,
Dar banho nos cachorros,
Tirar o pó dos móveis,
Lavar a louça,
Deixar tudo a seu gosto
Mostrar como tudo funciona melhor
Quando há você por perto
Queria te encontrar no ponto de ônibus
Te buscar de carro para subirmos a Rua
Tudo seria perfeito:
Cheiro, gosto, som, luz, toque...
E quando fosses embora
Passaria os dias planejando tudo
Para que tudo fosse ainda melhor
Quando voltasse pra mim
Mas não te vi voltar...
E o pó e as folhas tomaram conta de tudo
Os cachorros se queixam do meu descaso
E nada mais funciona como antes...
Nem mesmo eu
Você não faz idéia do trabalho que dá não tê-la por perto.
À Insônia
Minha inquieta alma que se recorda
De incessantes imagens que me lampeja
Grita ao meu cansado corpo: “acorda!
Levanta e busca o amor que tanto almeja!”
Minha carne desperta (limitada matéria)
Não possui os dons que a alma domina
Vê-se presa às paredes de sólida miséria
Constante pernoite de uma soturna rotina
Se me deito, recuso o sono que revigora
E me flagelo com o pesar de mais um dia
Na espera de outro dia completamente igual
Perpétuo conflito noturno que me devora
Certo do fim que me aguarda e não tardia
E me condena em sua liberdade condicional
De incessantes imagens que me lampeja
Grita ao meu cansado corpo: “acorda!
Levanta e busca o amor que tanto almeja!”
Minha carne desperta (limitada matéria)
Não possui os dons que a alma domina
Vê-se presa às paredes de sólida miséria
Constante pernoite de uma soturna rotina
Se me deito, recuso o sono que revigora
E me flagelo com o pesar de mais um dia
Na espera de outro dia completamente igual
Perpétuo conflito noturno que me devora
Certo do fim que me aguarda e não tardia
E me condena em sua liberdade condicional
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