Você jurava que eu estava lá
Mas pra mim foi indiferente
Cada coisa em seu lugar
Outras que nem deveriam estar
De repente
Algo acontece que nos surpreende
Sem ensaios
Abrem as cortinas a nossa frente
Quando tudo mais falha a gente improvisa
E deixe que a vida nos mostre a direção
Eu não sei dizer o que pode ser mais destrutivo
Desistir ou insistir é a questão
Também jurava que te vi chegar
Mas se afastava como sempre
Todo conselho que se possa dar
A quem se nega a escutar
De repente
Algo acontece que nos surpreende
Como um raio
Um rápido espectro incandescente
Quando tudo mais falha a gente improvisa
E deixe que a vida nos dê a solução
Eu não sei dizer o que pode ser mais destrutivo
Um comentário:
É interessante a forma como você rima; rimando oxítona com oxítona, há um tom coloquial, próprio da fala ("lá"-> "lugar"-> "estar").
A meu modesto ver é inteligente a rima entre dental e dental: "surpreenDe"-> "frenTe"/"incandescenTe" (...) Além disso, acho elegante a forma como são distribuídos os versos no(s) poema(s)...
Congratulationes.
Jefferson de Morais.
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