terça-feira, 20 de julho de 2010

Destrutivo

Você jurava que eu estava lá
Mas pra mim foi indiferente
Cada coisa em seu lugar
Outras que nem deveriam estar

De repente
Algo acontece que nos surpreende
Sem ensaios
Abrem as cortinas a nossa frente

Quando tudo mais falha a gente improvisa
E deixe que a vida nos mostre a direção

Eu não sei dizer o que pode ser mais destrutivo
Desistir ou insistir é a questão

Também jurava que te vi chegar
Mas se afastava como sempre
Todo conselho que se possa dar
A quem se nega a escutar

De repente
Algo acontece que nos surpreende
Como um raio
Um rápido espectro incandescente

Quando tudo mais falha a gente improvisa
E deixe que a vida nos dê a solução

Eu não sei dizer o que pode ser mais destrutivo

Um comentário:

Anônimo disse...

É interessante a forma como você rima; rimando oxítona com oxítona, há um tom coloquial, próprio da fala ("lá"-> "lugar"-> "estar").

A meu modesto ver é inteligente a rima entre dental e dental: "surpreenDe"-> "frenTe"/"incandescenTe" (...) Além disso, acho elegante a forma como são distribuídos os versos no(s) poema(s)...

Congratulationes.

Jefferson de Morais.