segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Atlântida

Este silêncio hostil
Diz tudo que meus lábios não falam
Este silêncio hostil
Esconde o grito que me calam
Esta índole vil é o que nos resta
Pela janela do seu quarto
Teu hátilo embaça o vidro
Eu ainda posso ouvi-la
Sussurrando baixo em meu ouvido
Esta febre que me queima
Não arde tanto quanto deveria
E se meu sangue é esperança
Quem me salvará desta hemorragia?
Mas eu sei que isto é apenas uma fase
Que descança mas nunca termina
E me entrego a qualquer regra
A dogmas, leis ou doutrinas
Eu ainda posso vê-la caindo neste vasto precipício
Eu ainda posso senti-la sorrindo pelos cantos de um hospício
Eu vejo o dia acordar enquanto esperava o sono
O que é seu não me pertence
E o que é meu em suas mãos agora eu tomo
Não é só a intenção
E sim a conclusão de seus atos
Já não sei o que dizer, já não sei o que fazer
Mas mesmo assim eu faço
Eu vejo o dia acordar enquanto esperava o sono
Mas mesmo assim
Ignoro o meu engano
E a cada dia um oceano
Invade minha atlântida

Um comentário:

Foca. disse...

Essa sem dúvida é uma das minhas músicas preferidas. Não passo mais nem um único dia sem escutar "Hemorragia" (é seu nome para mim). Fala de mim, das minhas esperanças e de como há tantos anos, TODOS OS DIAS O oceano invade minha atlântida.