Às vezes eu me vejo
Perdido olhando o vazio da noite
Enquanto me distraio
Mil pensamentos me vêm à cabeça
Afinal a lua é feita de quê? E por que flutua?
Nos telhados as antenas de TV e os gatos de rua
Às vezes eu ensaio
Um sorrio bobo que não me pertence
E me assusto com o raio
Que ilumina o céu de repente
Será que a chuva cairá dessa vez ou é só suspense?
Será que o vento que sopra do lado de cá é o mesmo de sempre?
Quando o brilho da noite surge então
As horas passam feito um clarão
São telas de led, são janelas em frente
Quando o céu se esconde devagar
Estrelas vão anunciar
O brilho da noite, o brilho da noite
Às vezes amanheço
E sorrio pensando no brilho da noite